sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Relatório sobre observação do bolor no pão

Reflexão sobre as unidades dadas

A primeira unidade que demos foi a de composição do DNA, foi uma unidade bastante cativante e ao mesmo tempo um pouco difícil, porém depois de compreender parece ser fácil.
A unidade seguinte surpreendeu com o grau de dificuldade a nível de compreensão....tive de fazer um esforço maior. Entendi que em Biologia existem muitas designações parecidas ou mesmo iguais, mas que designam coisas destintas e acho que a diferenciação de algumas dessas designações foi uma das minhas maiores dificuldades.
Os ciclos de vida que foram dados seguidamente, na minha opinião, foi a matéria mais fácil, sendo que houve muitas designações complicadas.

Desci a média durante este primeiro período. Acho que se deve ao facto de o meu método de estudo não servir para o ritmo de trabalho do 11º ano, Vou entar melhorar no período que vem.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Mutações

No processo de replicação do DNA podem ocorrer alguns erros. A DNA polimerase consegue corrigir a maior parte dos erros que possam ter ocorrido, no entanto alguns desses erros podem permanecer. Estes erros designam-se por MUTAÇÕES GENÉTICAS, que podem afetar a sequência do DNA e por sua vez afetar a sequência de a.a. para produzir determinada proteína.

Tradução e transcrição

O Dogma da biologias molecular
O Dogma propõe que existe uma unidirecionalidade na informação contida nos genes em que esta informação genética é passada de geração em geração através da replicação do DNA e é traduzida através de dois processos:

-A transcrição que converte a informação do DNA em uma forma mais acessível (uma fita de RNA complementar);

-A tradução que converte a informação contida no RNA em proteínas.



Transcrição - há transferência da informação contida no gene é copiada para o RNA, corresponde à síntese de mRNA, por complementaridade de bases.
Tradução- informação contida no RNA mensageiro é traduzida em sequências de aminoácidos.


ETAPAS DA TRANSCRIÇÃO:
1 – Reconhecimento da cadeia molde de DNAA transcrição só tem início quando a enzima (polimerase do RNA) encontra e liga-se fortemente ao sítio promotor. A dupla-hélice é desenrolada e as fitas são separadas.

2 – Início da transcriçãoA RNA polimerase inicia o processo de transcrição,  promove a separação das cadeias e inicia-se a transcrição da informação, formação do RNA faz-se sempre na direção 5´-3´.

3 – Alongamento
À medida que vai sendo fabricado o RNA mensageiro, liberta-se da cadeia-molde de DNA e o DNA já transcrito enrola-se quase imediatamente, voltando ao seu estado inicial (dupla hélice). A este processo, dá-se o nome de Elongação.


4 – Finalização
A transcrição prolonga-se até a RNA polimerase encontrar a sequência de término (contém bases específicas que determinam o fim da transcrição).

ETAPAS DA TRADUÇÃO
INICIAÇÃO
O mRNA liga-se à subunidade menor do ribossoma no codão iniciador com o anticodão do tRNA. A subunidade maior, liga-se com a subunidade menor- o ribossoma fica agora funcional.

ALONGAMENTO
Na subunidade maior existem dois locais importantes na síntese de proteínas; o local P onde o tRNA se encontra ligado à metionina; o local A, onde o tRNA seguinte se liga ao codão complementar seguinte e o local E que corresponde ao local da saída do tRNA.
Cada anticodão seguinte, liga-se por complementaridade ao codão anterior e a metionina estabelece-se a primeira ligação peptídica com este. O ribossoma avança 3 bases e repete-se todo o processo ao longo do mRNA até se formar a proteína.

FINALIZAÇÃO
Quando o ribossoma chega ao codão de finalização e o reconhece, termina a síntese proteica. Os codões de terminação não têm tRNA correspondentes e por isso a síntese termina. A proteína desprende-se e as subunidades ribossómicas podem ser utilizadas de novo.
A mesma molécula de mRNA pode ser traduzida por mais que um ribossoma levando à formação de mais que uma proteína igual. 


Principais características do código genético

Universalidade: Em todos os seres vivos existe uma linguagem comum a todas as células, o código genético. A um determinado codão corresponde o mesmo aminoácido na maioria dos organismos. (No entanto, existem algumas exceções).

Redundância: existem vários codões que podem codificar o mesmo aminoácido.

Não ambiguidade: um determinado codão não codifica dois aminoácidos diferentes, codifica apenas um e um só a.a.

O terceiro nucleótido de cada codão não é tão específico como os dois primeiros.


domingo, 2 de novembro de 2014

Atividade laboratorial 1: "Extração de DNA"


Composição do DNA


O DNA é composto por vários nucleótidos, cada um deles, por sua vez, é constituído por três partes: o fosfato (parte ácida), a pentose (o açúcar) e a base azotada (que pode ser uma das seguintes: adenina, guanina, timina ou citosina).

As bases azotadas anteriormente referidas podem subdividir-se em dois grupos:
Pirmídicas-> são bases de anel simples, e são a timina e a citosina;
Púricas-> são bases de anel duplo, e são a adenina e a guanina.
Na ligação dos nucleótidos entre si, as bases azotadas ligam se por complementaridade. A timina liga-se à adenina e  a guanina liga-se à citosina (porém haja uma exceção no caso do RNA, que em vez da timina possui uracilo). A guanina e a citosina ligam-se por 3 ligações de hidrogénio, enquanto que a timina e a adenina ligam-se apenas com 2. A essas ligações de pontes de hidrogénio dá-se o nome de Ligações Fosfodiéster.

REGRA DE CHARGAFF
Diz que a quantidade de adenina somada com a quantidade de guanina é sempre igual à quantidade de timina somada com a quantidade de citosina.


Dentro do DNA existem pequenas porções que contêm uma sequência específica de nucleótidos que por sua vez contém a informação correspondente a um código destinto, a essa porção dá-se o nome de GENE.
O gene, por sua vez é composto por exões e intrões, que correspondem respetivamente a informação fundamental e dispensável.

Estrutura do DNA

O DNA é uma molécula que se localiza no núcleo das células dos seres eucariontes e no citoplasma dos seres procariontes e que contém toda a informação da atividade celular, permitindo também obter proteínas, ou seja realizar a síntese proteica.

Recordando um pouco da estrutura das células eucariotas:

Existem, na constituição do núcleo, duas membranas, INTERNA e EXTERNA, no interior das quais existe o nucleoplasma, que contém os cromossomas (DNA condensado) e a cromatina (DNA em conjunto com histonas, que lhe dão estrutura e funcionam como despolarizadores, ou seja neutralizam as cargas elétricas).

O DNA é formado por uma dupla hélice e, 'desdobrado' tem o comprimento médio de 2m(!), por isso, para caber no núcleo da célula tem de ser condensado, formando cromossomas.

Na divisão celular aparecem mais umas proteínas, as coesinas, que só aparecem no processo de divisão, ficando o resto do tempo 'guardadas' num locar que se designa centrómero.
Cariótipo- é o conjunto de todos os cromossomas.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Palestra sobre a sexualidade

Dia 13 de Outubro de 2014 tivemos uma palestra sobre a sexualidade e o sexo em si. Falou-se de muitos aspetos, nomeadamente:

  • Ser diferente é normal! Reforçou-se a ideia de que não temos de ser todos iguais e de que não existem modelos de como deveria ser o nosso corpo, cada um é como é, e é NORMAL.
  • Algumas doenças sexualmente transmissíveis foram faladas, tais como a clamídia, cancroíde, linfogranuloma venéreo, gonorreia, HPV e VIH. 
  • Para além das doenças faladas, referiu-se também outro perigo, a gravidez e os métodos contracetivos. Entre vários métodos contracetivos apresentados, chegou se à conclusão de que o melhor seria sem dúvida o preservativo, já que nos protege simultâneamente de engravidarmos e de ficarmos portadores de doenças sexualmente transmissíveis

Achei que se abordaram todos os aspetos que nos podiam interessar e nos quais poderíamos vir a ter dúvidas. Decerto, a palestra foi produtiva e educativa, na medida em que passámos a conhecer, por exemplo, vários métodos de contraceção não muito populares , mas que são uma alternativa para quem não quer utilizar o clássico (preservativo), e mesmo falando do método clássico de pervenção ficámos a saber de algumas curiosidades.
Para além do referido acima, falaram nos também no sexo, como algo que pode ter consequências não só a nível do bem estar físico, mas também a nível do bem estar psicológico e até social. Foi explícito várias vezes que antes do ato sexual, principalmente do primeiro, deve se ser suficientemente responsável para pensar e prevenir as possíveis consequências.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

A primeira descoberta do DNA

Foi Johann Friedrich Miecher que descobriu uma molécula no núcleo de todas as células e que possuía uma característica diferente de outros componentes conhecidos na altura.

Friedrich, filho de cientistas, desde muito cedo foi exposto a debates científicos e como é de prever desenvolveu uma atração pelas ciências naturais, ramo que futuramente seguiu tornando-se medico e mais tarde aventurando-se na ciência básica (principalmente bioquímica).

O seu estudo começou com Felix Hoppe-Seyler, que encarregou Fredrich em caracterizar a composição química das células. Para isso foi usado o pus, que facilmente se arranjava nos hospitais e que tinha as células que eram necessárias para o estudo (os leucócitos).

Analisando as tais partículas, Fredrich descobriu uma substância com características interessantes e únicas, apercebendo-se mais tarde de que essa substância localizava-se na íntegra dentro do núcleo e por isso foi batizada pelo Friedrich como sendo a ''nucleína''. Com as experiências que se seguiram, Fredrich conseguiu entender que a substância de que se tratava não era de origem proteica e que continha na sua composição elementos como o carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio, alem do fosfato em grandes quantidades.

Na tentativa de publicar os seus resultados, Fredrich pede ajuda ao seu ex-supervisor que, ironicamente, quis confirmar os resultados antes de os publicar. Obviamente que os resultados obtidos pelo Hoppe-Seyler (ex-supervisor de Fredrich) não foram os mesmos pois tinha de haver condições ideais e totalmente iguais relativamente às experiências feitas pelo Fredrich….o que demorou quase dois anos.  Só em 1871 a descoberta foi finalmente publicada.

Depois de ter contacto com os matérias de Fredrich, o Hoppe-Seyler também se interessou pela ''nucleína'', pelo que a partir dessa altura o Fredrich começou a ter concorrência, mas mesmo assim não desistiu e decidiu estudar a ''nucleína'' das células germinativas, aproveitando se da fábrica de salmões que se localizava nas proximidades e usando o esperma de salmão.

Friedrich morreu com apenas 51 anos, com tuberculose. Depois da sua morte, o seu tio e admirador publicou uma compilação dos seus trabalhos.


quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Resumo do filme ''As 100 maiores descobertas sobre a genética''


  
O filme fala de algumas das descobertas feitas por vários cientistas ao longo dos tempos.
O Mendel, considerado o Pai da Genética Clássica, começou por cruzar vários tipos de ervilhas para tentar compreender qual era o mecanismo que fazia desaparecer algumas características e reaparecer as mesmas algumas gerações a seguir. Descobriu então que os traços de gerações sucessivas eram herdadas em certas proporções. 
O Morgan entendeu que havia traços genéticos que eram dominantes sobre os outros e que eram os genes que controlavam eventos bioquímicos.
Mais tarde descobriu-se que os genes danificados produziam nutrientes defeituosos, ou seja, queria dizer que além de serem responsáveis por transportar as características de uma geração para a outra, os genes produziam substâncias (enzimas) essenciais para a sobrevivência
Erradamente pensava-se que os genes era uma coisa estável, mas descobriu-se que os cromossomas podiam diferenciar entre si e por isso a existência de diferentes plantas (por exemplo) com o mesmo gene presente.
Finalmente se chegou à composição do próprio DNA (constituído por adenina, citosina, guanina, timina) e chegou-se à conclusão de que o mesmo se dividia e multiplicava com facilidade.
Outras descobertas referidas no filme foram:

  • O que herdamos dos pais é uma sequência de letras, um código que dá instruções às nossas células.
  •  Existe um código para todos os seres humanos do planeta, no entanto esse código não difere muito entre os seres humanos, nem mesmo entre os mamíferos no geral.
  •   Descobriu-se a importância do RNA na produção de proteínas, o que ajudou, por exemplo, na criação de novos medicamentos.
  • A descoberta de sequencias repetidas (dna mini satélite) ajudam a descobrir os parentes de uma determinada pessoa.

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Transformação e utilização de matéria nos animais

A troca de gases ocorre sempre em meio aquoso e por difusão simples.
Nos animais mais simples, como a hidra por exemplo, a troca gasosa faz-se diretamente do meio para as células por difusão.
Nos animais mais complexos existe um conjunto de órgãos que constituem o sistema respiratório, onde estão incluídas as SUPERFÍCIES RESPIRATÓRIAS que têm caraterísticas comuns.

As superfícies são sempre húmidas, constituídas por apenas uma camada de células, e com uma grande superfície de contato.
A difusão simples pode ser DIRETA- quando os gases passam diretamente para a superfície respiratória; INDIRETA- quando os gases passam da superfície para um fluido intermediário e deste para as células.

TIPOS DE SUPERFÍCIES
Tegumento - a superfície do corpo do animal é a própria superfície respiratória. O oxigénio passa através da pele para o fluido circulatório que o leva às células e traz o dióxido de carbono das células para o exterior, tudo por difusão. É uma difusão indireta, pois existe um fluído intermediário e chama-se neste caso HEMATOSE CUTÂNEA

Brânquias - opérculo é uma tampa óssea protetora que se localiza lateralmente na cabeça do peixe. No interior  do opérculo avistamos as brânquias,  localizadas na cavidade branquial. Cada brânquia é constituída por filamentos branquiais e estes, por sua vez,  contêm várias lamelas, ricamente vascularizadas, onde ocorre a HEMATOSE BRANQUIAL.


Sistema de traqueias - É constituído por uma rede de canais cheios de ar -traqueias - que se vão ramificando ao longo de todo o corpo - traquíolas - que contatam diretamente com os tecidos. As extremidades dos traquíolas são fechadas e contêm um líquido que permite a difusão. A difusão é direta, o sistema circulatório não intervém na distribuição dos gases.


 Sistema pulmonar - Tal como nos outros sistemas, existe uma grande variedade de sistemas pulmonares que está diretamente ligado ao grau de complexidade do ser vivo. Existem em todos os vertebrados terrestres.
->Esta eficiência está relacionada com:
  -vasta área de superfície alveolar (existem milhões de alvéolos);
  -a camada do alvéolo pulmonar ser constituída por apenas uma camada de células, assim como a do capilar;
   -e a existência de uma vasta rede de capilares que envolvem os alvéolos.

Transformação e utilização de matéria nas plantas

As plantas fazem a respiração aeróbica e a fotossíntese.
Na respiração consomem o O2 mas como durante o dia o libertam na fotossíntese, este é mais que suficiente para a respiração. Na consequência da respiração  libertam o CO2, que durante o dia, vai utilizado para a fotossíntese (fase escura). O dióxido de carbono libertado não é suficiente e as plantas têm de absorvê-lo, também, durante o dia. 
Durante a noite a planta faz a respiração aeróbica mas não faz a fotossíntese, pelo que tem de absorver o Oxigénio e libertar o dióxido de carbono, tal como nos animais.

*Os estomas regulam as trocas relativas à fotossíntese e transpiração mas também as trocas gasosas. O espaço preenchido por ar entre as células também facilita a troca de gases, formando um circuito de ar.*

Quimiossintese

Os seres quimioautotróficos (grupo de bactérias sulfurosas, nitrificantes e ferrosas), são os protagonistas deste processo. Sintetizam matéria orgânica a partir da oxidação de compostos inorgânicos.
Utilizam a energia proveniente da oxidação na formação de ATP, protões H+ e eletrões, para fixar o dióxido de carbono e sintetizar a matéria orgânica. Os compostos são: amoníaco (NH3), dióxido de carbono (CO2) ou Sulfureto de Hidrogénio (H2S). 

Fotossíntese

FASE FOTOQUÍMICA
1º-A luz solar incide nas folhas e é absorvida pela clorofila, presente no cloroplasto na membrana interna, no tilacoide.  A clorofila do fotossistema II fica excitada e perde eletrões que vão reagir com a molécula de água, oxidando-a e originando a libertação do oxigénio, protões e  eletrões. Os eletrões vão fluir para uma cadeia de acetores que existem na membrana do tilacoide e que serão transportados até ao fotossistema I. Os protões de hidrogénio deslocam-se para o interior do tilacóide.
Os eletrões que a clorofila perdeu acabam por ser repostos pela fotólise da água.

2º-fluxo de eletrões liberta energia para transformar várias moléculas ADP em ATP.  Os protões que foram encaminhados para o interior do tilacóide vão ser utilizados para a fosforilação do ADP que irá ocorrer no estroma (exterior do tilacóide).

3-O Fotossistema I após captar a energia luminosa, reencaminha os eletrões para o estroma e em conjunto com os protões,  vão ser cedidos a uma molécula chamada de NADP(+) (Nicotinamina adenina dinocleótido fosfato), reduzindo-a e transformando-a em NADPH (molécula transportadora de eletrões e hidrogénios), molécula importante, tal como o ATP para a formação de compostos orgânicos.




FASE QUÍMICA
Esta fase ocorre no estroma dos cloroplastos e é nela que se forma a glicose, pela reação inicial entre o dióxido de carbono atmosférico e a ribulose difosfato (RDP), um composto com cinco carbonos, que funciona para a incorporação do CO2.
Nesta fase ocorre uma série de reações químicas que necessitam de ATP e NADPH formados na fase anterior. Estas reações ocorrem por ação de enzimas que dependem da presença de luz e da temperatura. O dióxido de carbono desde que entra na planta sofre uma sequência de reações até à formação de matéria orgânica.
Em 1950 um grupo de cientistas da Universidade da Califórnia, liderado por Melvin Clavin, utilizando uma série de compostos marcados radioactivamente conseguiam estudar a sequência de reações, permitindo conhecer as moléculas intervenientes na formação de glicose, e o papel do ATP e NADPH na síntese de matéria orgânica. Esta sequência está expressa no Ciclo de Calvin, homenagem ao cientista.




Respiração aeróbia

A respiração aeróbica faz-se em 4 fases:

1ª fase:
 Dá-se a degradação da molécula de glicose por GLICÓLISE que se transforma em ÁCIDO PIRÚVICO ou PIRUVATO, este processo ocorre no citosol da célula.

2ª etapa:
O piruvato entra na mitocôndria e na presença de oxigénio perde uma molécula de dióxido de carbono (é descarboxilado) e perde um hidrogénio que serve para reduzir o NAD (+) para formar o NADH + H (+) (é oxidado).
*PIRUVATO É DESCARBOXILADO E OXIDADO E FORMAM-SE duas ACETIL-COENZIMA A

3ª etapa:
No ciclo de Krebs dá-se na matriz da mitocôndria e é uma série de reações em que se dá oxidação completa da glicose, através de enzimas. Como se formam duas moléculas de acetil-coenzima A, dá-se dois ciclos de Krebs ao mesmo tempo.


4ª etapa:
As moléculas transportadoras de eletrões, vão percorrer uma cadeia transportadora de eletrões até chegarem ao oxigénio que é o aceptor final. Esta cadeia transportadora, ou cadeia respiratória é constituída por proteínas existentes na membrana interna da mitocôndria e as moléculas NADH e FADH2 ao passarem pela cadeia vão sendo reduzidas e oxidadas até chegarem o oxigénio, produzindo energia que irá servir para transformar o ADP em ATP (fosforilação oxidativa).

Fermentação

A fermentação é um processo que ocorre no citoplasma da células (local onde existem as enzimas que intervém neste processo), cujo objetivo é a obtenção de energia. Consiste na degradação da molécula de glicose, como matéria inicial e numa sequência de reações que se agrupam em duas etapas:

1.Dá-se a degradação da molécula de glicose por GLICÓLISE que se transforma em ÁCIDO PIRÚVICO ouPIRUVATO;
2.O piruvato é reduzido e é transformado em num outro produto, como álcool etílico ou etanol (fermentação alcoólica), ácido lático (fermentação lática) e ácido acético (fermentação acética).

CURIOSIDADE:
O Homem, utiliza o processo de fermentação na produção de alguns alimentos e outros produtos, nomeadamente  no fabrico do pão, no iogurte, na cerveja, no vinho, no vinagre, entre outros.


Fluídos circulantes

O SANGUE

O sangue é constituído por uma porção líquida que constitui o plasma e uma parte sólida, as células sanguíneas (glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas sanguíneas).

->Plasma sanguíneoÉ constituído por água (95%), nutrientes e gases. Para além de transportar estas substâncias, transporta as células sanguíneas.
O plasma constitui cerca de 55% do sangue, os restantes 45% estão reservados aos constituintes celulares (glóbulos brancos e vermelhos e plaquetas sanguíneas).

Glóbulos brancos ou os leucócitosFunção: Defesa do organismo
Forma: irregular
Duração: cerca de uma semana na corrente sanguínea.
Origem: medula vermelha dos ossos, órgãos linfáticos (timo e baço) e gânglios linfáticos.
Propriedades: Diapedese, fagocitose e produção de anticorpos

Os glóbulos vermelhos, Hemácias ou eritrócitos
Função: Transporte de oxigénio e de dióxido de carbonoForma: regular, discos bicôncavos
Duração: cerca de 120 dias na corrente sanguínea.
Origem: medula vermelha dos ossos.

Propriedades: os glóbulos vermelhos contêm hemoglobina.


As plaquetas sanguíneas ou trombócitos
Função: Mecanismo da coagulação do sangue
Forma: irregular
Duração: cerca de uma semana na corrente sanguínea.
Origem: medula vermelha dos ossos.
Propriedades:  Intervêm no mecanismo da coagulação do sangue
 



LINFA
A linfa é o segundo fluido circulatório. Deriva do sangue, é constituído por glóbulos brancos, plaquetas, plasma, nutrientes, cloreto de sódio (sal) e gases (oxigénio e dióxido de carbono). Como não tem glóbulos vermelhos a linfa é incolor ou ligeiramente rosada, pois pode conter um ou outro glóbulo vermelho.
 É a linfa que distribui os nutrientes e transporta os gases para o sangue e deste para as células.

Ao contrário do sangue, que anda sempre em vasos sanguíneos, a linfa circula quer em vasos denominados linfáticos quer a circular nos espaços entre as células (interstícios). À linfa que circula em vasos linfáticos chama-se LINFA CIRCULANTE e à que circula nos interstícios das células, a LINFA INTERSTICIAL.




Vasos sanguíneos
Os vasos sanguíneos são tubos pelo qual o sangue circula.
  • As artérias transportam sangue arterial e sangue venoso do coração para o resto do corpo.
  • As veias levam o sangue arterial e venoso para o coração.


As artérias são mais espessas e elásticas do que as veias, pois as artérias têm de suportar a pressão do sangue bombeado pelo coração. 

Tipos de circulação nos vertebrados

-> Simples: numa circulação completa o sangue passa uma vez só no coração.

-> Dupla: numa circulação completa o sangue faz dois circuitos (circulação grande e pequena). Pode ser completa ou incompleta, dependendo da morfologia do coração do ser.

O transporte nos animais

Sistema aberto ou lacunar

É comum em muitos invertebrados.
Não há distinção entre o sangue e a linfa, pois o sangue abandona os vasos e passa para espaço que se denominam LACUNAS, misturando-se com a linfa e daqui flui para as células. Os biólogos chamam a este fluido circulatório HEMOLINFA.
A hemolinfa que circula nos vasos é bombeada por um coração tubular até chegar aos tecidos, aqui a hemolinfa abandona os vasos e vai para as lacunas(cavidades que no seu conjunto formam o HEMOCÉLIO). A hemolinfa contata diretamente com as células e fornece-lhes o que elas precisam e retira-lhes os produtos de excreção. A hemolinfa volta aos vasos e regressa ao coração pelos  ostíolos, estes fecham, o coração contrai e a hemolinfa é impulsionada, de novo, para os vasos.

Sistema fechado

Todos os vertebrados têm e alguns invertebrados.
O líquido que circula nos vasos sanguíneos é o sangue e o que circunda os tecidos é a linfa. O sangue circula em vasos de diferentes calibres desde os maiores que são as artérias e veias, depois arteríolas e vénulas, até aos de menor calibre, os capilares que são constituídos por apenas uma camada de células e que envolvem, praticamente todas as células.  As trocas realizam-se entre o capilar e a linfa intersticial.
Este tipo de sistemas é muito mais eficaz que o aberto, pois a velocidade da troca entre substâncias é mais rápida no fechado que no aberto.

O transporte nas plantas

TRANSPORTE NO FLOEMA

PRESSÃO RADICULAR

A elevada concentração de iões na raiz faz com que a água entre por osmose. Desenvolve-se, então,  uma pressão osmótica que é responsável pela impulsão da seiva bruta no sentido ascendente.
A pressão radicular é a pressão que permite que a água absorvida pela raiz se desloque até à parte superior da planta.
O efeito da pressão radicular pode ser observada pela exsudação. Quando a pressão radicular é muito elevada a água sai através da gutação (gotas de água que saem pelas folhas).

OPOSIÇÃO:
Vários estudos comprovam que os valores da pressão radicular não seriam suficientes para levar a seiva bruta até ao topo de muitas árvores, assim como, existem plantas que não têm pressão radicular, como por exemplo as coníferas.

TENSÃ0-COESÃO-ADESÃO 

  • Há perda de água por transpiração. Com esta perda gera-se um défice de água e origina uma força de SUÇÃO, fraca força de TENSÃO que se transmite o xilema e deste até às células da raiz, fazendo com que haja ABSORÇÃO de água por este órgão.
  • As moléculas de água, unem-se por pontes de hidrogénio, à custa da polaridade da molécula, e devido a forças de COESÃO e as moléculas mantêm-se unidas entre si, o que vai facilitar a subida de água em COLUNA.
  • As moléculas de água formam ligações com as paredes dos vasos xilémicos por forças de ADESÃO e facilitam a ascensão da coluna de água.
  • A água sobe e forma uma coluna contínua.

OPOSIÇÃO:
Esta Hipótese funciona apenas se houver uma coluna de água contínua. Quando existem bolhas de ar na coluna, ou quando à descida de temperatura, a água não sobe e a planta recorre à pressão radicular. Se a pressão não for suficiente a coluna de água deixa de funcionar.


TRANSPORTE NO XILEMA

TEORIA DO FLUXO DE MASSA


Esta teoria considera que a sacarose se desloca através dos vasos crivosos, devido à existência de um gradiente de concentração, desde o órgão de produção, as folhas, até aos locais de consumo que são os tecidos ou órgãos em formação ou crescimento e os órgãos de reserva durante a fase de acumulação de reservas.
A sacarose desloca-se do mesófilo, para os elementos do tudo crivoso por transporte ativo com a ajuda da célula companhia.
Com o aumento de concentração da sacarose no floema dá-se um aumento da pressão osmótica nos tecidos circundantes e a água do xilema e das células vizinhas entra por osmose nos tubos crivosos do floema aumentando a pressão de turgência e causa a deslocação da seiva elaborada, através das placas crivosas para locais com menor pressão.
A sacarose passa, por transporte ativo, para os órgãos onde vai ser utilizada ou de reserva. E a água regressa às células vizinhas e ao xilema por osmose.

Transporte através da membrana de fosfolípidos



Difusão simples
(transporte passivo)
A energia proveniente para a realizar a difusão é a própria energia cinética normal das moléculas. O movimento das moléculas ocorre do meio mais concentrado para o meio menos concentrado, a favor do gradiente.

Osmose
(transporte passivo)
É um caso particular da difusão simples em que a substância que se desloca é a água. Transporte a favor do gradiente de concentração (passa de zonas de menor concentração de um soluto, MEIO HIPOTÓNICO para zonas de maior concentração, MEIO HIPERTÓNICOSe a concentração de um soluto é igual nos dois meios, diz-se que é ISOTÓNICO.

*Se a célula está exposta num meio hipotónico em relação ao meio intracelular, a água entra para o vacúolo da célula e esta aumenta de volume, diz-se que a célula fica TÚRGIDA.
Se a célula está exposta num meio hipertónico em relação o meio intracelular, a água da célula desloca-se para o exterior e a célula diminui de volume, diz-se que está PLASMOLISADA.
Na célula animal, com o aumento de volume pode acontecer a LISE da célula (rebenta).

Difusão facilitada
(transporte passivo)
As substâncias deslocam-se a favor do gradiente de concentração mas são auxiliadas pelas PERMEASES (proteínas específicas) que são proteínas transportadoras da membrana.

Transporte ativo
 O transporte é contra o gradiente de concentração, zonas de menor contração para zonas de maior concentração e há dispêndio de energia. Intervém também proteínas da membrana.


TRANSPORTE DE MACROMOLÉCULAS
Endocitose
Dá-se a invaginação da membrana, forma-se uma vesícula endocítica e as substâncias do meio extracelultar ficam retidas.
  • Fagocitose- A célula emite pseudópodes e envolve as substâncias, formando a vesícula (leucócitos-macrófagos).
  • Pinocitose - As substâncias que entram para dentro da célula são fluídas.
Exocitose
É o processo inverso da endocitose. As vesículas exocíticas  movem-se até à membrana, dá-se fusão da membrana da vesícula com a membrana celular e o da vesícula liberta-se para o meio extracelular.

Membrana plasmática e os fosfolípidos

Todas as células possuem esta estrutura, ela é a responsável por garantir a obtenção de matéria para a célula. A membrana palsmática delimita a célula,  garante a manutenção do meio intracelular da célula e separa-o do meio extracelular, e controla a entrada e a saída de substâncias . É uma estrutura muito pequena, não visível a microscópio óptico, apenas se consegue observar no microscópio electrónico.

Os lípidos da membrana plasmática são essencialmente os fosfolípidos e o colesterol.

  • O colesterol é uma molécula insolúvel em água o que faz diminuir a permeabilidade da membrana, confere rigidez à membrana.
  • Os fosfolípidos encontram-se organizados numa bicamada e têm outras partículas integradas.
*(A camada de fosfolípidos chama-se assim porque não é uma estrutura rígida, pois existem movimentos laterais e  também podem ocorrer transversais (movimentos flip-flop), das moléculas que as constituem).

Encontram-se "presas" à bicamada de fosfolípidos as proteínas, podem ser INTRÍNSECAS ou INTEGRADAS, quando se encontram intimamente ligadas à bicamada, e podem ser EXTRÍNSECAS ou PERIFÉRICAS quando se encontram, fracamente ligadas à parte mais externa de ambas as camadas dos fosfolípidos. Se a proteína intrínseca atravessar toda a membrana designa-se por TRANSMEMBRANAR.


Nem todas as membranas têm glúcidos. São receptores de informação de certas substâncias e localizam-se na parte externa da membrana.
Quando os glúcidos se ligam às proteínas formam-se as GLICOPROTEÍNAS e quando se ligam aos lípidos, formam-se os GLICOLÍPIDOS.


Constituintes básicos

A célula é constituída por organelos ou organitos celulares, e estes são constituídos por moléculas orgânicas (prótidos, lípidos, glúcidos e ácidos nucleicos) e inorgânicas (água e sais minerais).


ÀGUA
É o composto mais abundante, constitui cerca de 70% mas pode atingir nalgumas os 90% da composição das células.
A água desempenha um papel fundamental na célula, não apenas ao nível estrutural mas também porque regula as reações bioquímicas, regula a temperatura, intervém em reações de hidrólise, é um excelente solvente (transporta o "alimento" e os produtos de excreção da célula)  e atua no meio de difusão de muitas substâncias.

GLÚCIDOS
Os glúcidos são compostos por carbono, hidrogénio e oxigénio. A sua função é fornecer energia à célula e constituir a parede celular.
O monossacarídeo ou ose é a unidade estrutural dos glúcidos, o oligossacárido é constituído por dois a dez monossacarídeos e o polissacarídeo  por mais de dez e pode mesmo ter centenas ou milhares de monómeros na sua constituição.
As ligações dos monossacarídeos uns aos outros para formarem glúcidos mais complexos designam-se por LIGAÇÕES GLICOSÍDICAS.

LÍPIDOS
Os lípidos são também compostos ternários de oxigénio, carbono e hidrogénio mas podem conter o azoto, o enxofre e o fósforo, em lípidos mais complexos. A maioria dos lípidos é constituído por ÁCIDOS GORDOS ligados a uma molécula de GLICEROL, esta ligação chama-se LIGAÇÃO ÉSTER.
A função é fornecer energia, são isoladores térmicos, outros reguladores (hormonas) e outros estruturais (fosfolípidos).

-> ÀCIDOS GORDOS
São cadeias lineares de carbono com um grupo terminal de carboxilo. Dizem-se saturados quando todos os carbonos estão ligados entre si por ligações simples e insaturados quando os carbonos estão ligados com ligações duplas e triplas e polinsaturado quando existe mais que uma dupla ou tripla ligação.
 
-> GLICEROL
É um álcool constituído por 3 grupos hidroxilo que estabelecem ligações ESTÉR com o grupo carboxilo do ácido gordo (liberta-se por cada ligação uma molécula de água).


LÍPIDOS ESTRUTURAIS
Os FOSFOLÍPIDOS, são um dos lípidos estruturais que mais se destacam pela sua importância, constituem a maior parte da membrana celular.
É constituído por um grupo fosfato ligado ao glicerol que por sua vez se encontra ligado a dois ácidos gordos.
Os fosfolípidos são moléculas AFIPÁTICAS, significa que têm uma parte hidrofílica e outra hidrofóbica.


PRÓTIDOS
Os prótidos são composto quaternários, constituídos essencialmente por Azoto, oxigénio, carbono e hidrogénio. Podem conter magnésio, fósforo, enxofre, ferro e cobre.
A sua função é estrutural (constituem a membrana celular), transportam substâncias (a hemoglobina transporta o oxigénio), constituem as enzimas e os anticorpos que intervém na nossa defesa específica e podem ser reguladoras como é o caso da insulina.

ÀCIDOS NUCLEICOS
Os ácidos nucleicos (DNA e RNA) são responsáveis pela transmissão das caraterísticas de uma célula para outra e pelo controle em processos celulares.
A unidade básica dos ácidos nucleicos é um NUCLEÓTIDO.
Ácido desoxirribonucleico - DNA - É formada por duas cadeias polinucleótidicas que se enrolam em hélice.

Organelos celulares

Membrana celular/ plasmática ou plasmalema- estrutura que separa o meio exterior do interior da célula e que controla o movimento de substâncias entre a célula e o meio exterior.



Citoplasma ou hialoplasma- substância meio fluída onde se encontram os organelos e através do qual estes se movimentam.



Núcleo- é o organito mais importante, encontra-se delimitado pela membrana nuclear ( no caso das células eucariotas) e contêm toda a informação da célula, incluindo a informação genética.



Ribossomas- pequenas estruturas, responsáveis pela produção de proteínas (por vezes podem vir associadas ao retículo endoplasmático).



Nucleóide- é um organito específico das células procariotas e é como se fosse um núcleo, mas espalhado pela célula (não tem membrana nuclear).



Cloroplasto- estrutura formada por dupla membrana, que contêm os pigmentos.


Parede celular- estrutura que protege e dá estrutura (só existe em células vegetais).


Vacúolos- rodeados de uma membrana, são reserva de água, gases, açúcares e outras substâncias.


Centríolos- São microtúbulos que auxiliam na divisão celular.


Retículo endoplasmático- Sistema membranar constituída por sáculos, vesículas e canículas que tem como função a síntese de proteínas, lípidos e hormonas.


Complexo de Golgi- Conjunto de cisternas e vesículas que tem como função a transformação de proteínas em lípidos e intervém em fenómenos de secreção.


Mitocôndrias- Constituídas por duas membranas (interna e externa), a mais interna invagina-se para o interior. A sua função é a respiração aeróbica, processos que levam à obtenção de energia.


Lisossomas- Estruturas esféricas que contém enzimas que intervêm na decomposição de moléculas e estruturas celulares.