terça-feira, 30 de setembro de 2014

A primeira descoberta do DNA

Foi Johann Friedrich Miecher que descobriu uma molécula no núcleo de todas as células e que possuía uma característica diferente de outros componentes conhecidos na altura.

Friedrich, filho de cientistas, desde muito cedo foi exposto a debates científicos e como é de prever desenvolveu uma atração pelas ciências naturais, ramo que futuramente seguiu tornando-se medico e mais tarde aventurando-se na ciência básica (principalmente bioquímica).

O seu estudo começou com Felix Hoppe-Seyler, que encarregou Fredrich em caracterizar a composição química das células. Para isso foi usado o pus, que facilmente se arranjava nos hospitais e que tinha as células que eram necessárias para o estudo (os leucócitos).

Analisando as tais partículas, Fredrich descobriu uma substância com características interessantes e únicas, apercebendo-se mais tarde de que essa substância localizava-se na íntegra dentro do núcleo e por isso foi batizada pelo Friedrich como sendo a ''nucleína''. Com as experiências que se seguiram, Fredrich conseguiu entender que a substância de que se tratava não era de origem proteica e que continha na sua composição elementos como o carbono, hidrogénio, oxigénio e nitrogénio, alem do fosfato em grandes quantidades.

Na tentativa de publicar os seus resultados, Fredrich pede ajuda ao seu ex-supervisor que, ironicamente, quis confirmar os resultados antes de os publicar. Obviamente que os resultados obtidos pelo Hoppe-Seyler (ex-supervisor de Fredrich) não foram os mesmos pois tinha de haver condições ideais e totalmente iguais relativamente às experiências feitas pelo Fredrich….o que demorou quase dois anos.  Só em 1871 a descoberta foi finalmente publicada.

Depois de ter contacto com os matérias de Fredrich, o Hoppe-Seyler também se interessou pela ''nucleína'', pelo que a partir dessa altura o Fredrich começou a ter concorrência, mas mesmo assim não desistiu e decidiu estudar a ''nucleína'' das células germinativas, aproveitando se da fábrica de salmões que se localizava nas proximidades e usando o esperma de salmão.

Friedrich morreu com apenas 51 anos, com tuberculose. Depois da sua morte, o seu tio e admirador publicou uma compilação dos seus trabalhos.


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