quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Ondas sísmicas

Existem vários tipos de ondas sísmicas:

Ondas P- propagam-se na mesma direção da propagação da onda. Desloca-se em todo o tipo de material, apesar de variar de velocidade cada vez que mudar de meio de propagação. São as ondas que se deslocam mais rapidamente. O seu movimento é o de dilatar e contrair.

Onda S- não se desloca em material no estado líquido, é desviada ou refratada quando entra em contacto com material no estado líquido. Desloca-se aos zig-zagues e é mais lenta que as ondas P.

Onda L- são ondas muito destruidoras. Resultam da junção das ondas P e S, deslocam se em todo o tipo de material, aos zig-zagues e dilatando e contraindo ao mesmo tempo.

Ondas Reyleigh- são ondas muito raras e as mais destruidoras. Deslocam-se num movimento circular, no sentido contrário ao sentido do ponteiro do relógio.

Sismologia

É uma libertação de energia do interior da Terra. Esta atividade mostra que a nossa Terra é dinâmica.

Os sismos propagam-se na forma de ondas sísmicas e podem ter várias origens origem tectónica, origem vulcânica e também de origem humana).

A teoria proposta pelo geólogo Henry reid, em 1911 permitiu explicar o aparecimento dos sismos de origem tectónica.
TEORIA DO RESSALTO ELÁSTICO
A teoria diz que quando a tensão aplicada à rocha ultrapassa o seu limite elástico, dá-se a deformação das rochas. Esta deformação pode ser uma dobra, se o movimento das placas for lento e uma falha quando o movimento das placas for brusco.

Os sismos só acontecem na Litosfera, pois para acontecer um sismo, tem de haver uma falha e para haver uma falha tem de haver rocha (estado sólido), logo, apenas na Litosfera as rochas estão em condições de se partirem e não dobrarem.

Hipocentro- local de origem do sismo
Epicentro- local à superfície onde o sismo é sentido com maior violência.

Os sismos podem ser classificados de acordo com o seu ponto de origem em:

  • Superficiais- cujo hipocentro situa-se a menos de 70 Km (são os sismos que sentimos com mais magnitude);
  • Intermédios- cujo hipocentro situa-se entre os 70 os 300 Km.
  • Profundos- cujo hipocentro situa-se a mais de 300 Km.

NOTA:
 >Um maremoto é um sismo cujo epicentro é na crosta oceânica; enquanto que um terramoto é um sismo cujo epicentro é na crosta continental.
>Um tsunami é uma onda gerada a partir de um maremoto.

Riscos e benefícios do vulcanismo

BENEFÍCIOS:
-> Solos férteis;
-> Mais área de terreno para povoar;
-> Turismo;
-> Exploração de materiais vulcânicos;

RISCOS:
-> Nuvens ardentes;
-> Lahares ( deslocamento de grandes massas de lama);
-> Gases (muitas vezes tóxicos para o ser humano);
-> Tsunamis (onda gerada pelo sismo que pode vir a acontecer antes da erupção).

Vulcanismo secundário atenuado ou residual

Este tipo de vulcanismo diz respeito à libertação de água em vez de lava. Esta pode ser libertada tanto no estado sólido como no liquido.


  • Géiser: corresponde à saída de água no estado líquido, na vertical.
  • Termas: corresponde à saída de água no estado líquido, na horizontal, formando nascentes termais.
  • Fumarolas: corresponde à saída de água no estado gasoso.

Todas estas emissões podem trazer, para além da água, gases de origem vulcânica, pois o aquecimento das águas que se infiltram no solo acontece por ação do magma (câmara magmática). e o aquecimento não for suficiente para a água mudar de estado e esta se acumular num 'depósito' vertical, forma um géiser, se se acumular num 'depósito' horizontal forma uma nascente termal e se a temperatura for suficiente para a água mudar de estado, forma-se uma fumarola.

Tipos de erupções

Erupção explosiva
Acontece em erupções de lavas acidas, viscosas. Liberta-se muito gás e formam-se piroclastos muito pequenos, como cinzas e lapilli (de pequena dimensão). Este tipo de erupções podem formar nuvens ardentes.

Erupção efusiva
Acontece em erupções de lava básica, fluída. Libertam-se poucos gases e o resultado destas erupções são cones vulcânicos baixos e largos. Forma piroclastos de grandes dimensões, como lapilli (de maior dimensão) e bombas vulcânicas.

Tipos de lava

Todas as lavas são constituídas por silicatos em maior ou menor quantidade de sílica na lava.

  • Lavas ácidas (grande teor de sílica e muito gás)
  • Lavas intermédias
  • Lava básicas (pouco teor de sílica e pouco gás)


LAVA ÁCIDA
É rara. Tem, na sua composição mais de 70% de sílica, é viscosa e rica em gases, tem uma temperatura relativamente baixa, entre os 800-1000ºC. O seu movimento é muito lento. É a lava que forma agulhas vulcânicas, nuvens ardentes e domas/cuplas (são como as agulhas vulcânicas, mas mais arredondadas).

LAVA BÁSICA
Na sua composição tem cerca de 45 a 50% de sílica. Tem pouco gás, e portanto é muito fluída, move-se com facilidade. Temperatura muito elevada (1100 a 1200ºC).

Lavas específicas:
-> lava pahoehoe ou encordoada: lava básica, fluída, grandes temperaturas.
-> lava aa ou escroácea: lava básica, temperatura menos elevada e mais fluida que a pahoehoe.

LAVA EM ALMOFADA OU PILOW LAVA
Forma-se dentro de água. Depois de solidificada forma estruturas arredondadas revestidas de vidro vulcânico, que se forma devido à mudança brusca de temperatura (quando a lava sai entra em contacto com a água, que se encontra a temperaturas muito mais baixas que a lava).

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Outros fenómenos dos vulcões

Caldeiras vulcânicas- depois de a cratera vulcânica ter solidificado, entra em colapso (ou seja baixa), de forma a que se forme um espaço não preenchido. Com as chuvas a cratera enche de água, formando uma espécie de lago. Se na cratera ainda houver emissões de gases, como por exemplo enxofre, irá ser um lago de ácido sulfúrico.

Agulha vulcânica ou domo- resultado de acumulação de lava muito viscosa na cratera. É uma estrutura frágil, o gás é acumulado por baixo da agulha e pode vir a fazer com que a agulha expluda e daí se forma a nuvem ardente.

Nuvem ardente- partículas de gás e de partículas muito pequenas de lava, a temperaturas muito elevadas que se desloca a quilómetros de distância do vulcão.

Composição de um vulcão

Cratera vulcânica- local por onde a lava sai para fora. No caso do vulcanismo central é circular e no caso do vulcanismo fissoral é uma fissura.

Cone vulcânico- estrutura que resulta da acumulação dos materiais das várias erupções (lava solidificada, forma escoadas de lava).

Chaminé vulcânica- conduta do magma até a superfície. É aqui que o magma se transforma em lava.

Câmara magmática- reservatório de magma na litosfera.

Estruturas secundárias- podem se formar fendas nos flancos do cone principal e a partir daí formam-se cones secundários, chaminés secundárias e crateras secundárias, apesar de, tanto as estruturas principais como as secundárias terem vindo da mesma câmara magmática.



Vulcanologia

Os vulcões classificam-se de acordo com a forma da conduta e da cratera:
-> Vulcanismo do tipo central
-> Vulcanismo do tipo fissoral

O magma é formada na astenosfera e se houver uma fissura na litosfera, este material tem facilidade em subir e vir para a superfície e formar um vulcão, pois tem muito gás. Ao subir e devido à sua temperatura, o magma vai derretendo os materiais pelos quais passa, modificando, assim, a sua composição química inicial.
Antes de uma erupção vulcânica existe sempre um sismo, como que um aviso do que se vai passar a seguir. Esse sismo corresponde à subida do magma.

Métodos indiretos de conhecer o interior da Terra

Como com os métodos diretos só conseguimos conhecer a Terra, no máximo, até aos 12 Km de profundidade, teve de se arranjar mais métodos, os quais são:
  • Astronomia: quando um meteorito embate na superfície terrestre, analisamos a sua composição, pois partindo do princípio de que todos os planetas são formados do mesmo material, todos os materiais descobertos na composição do meteorito e que não estejam presentes à superfície terrestre, certamente estarão presentes no seu interior.

  • Ondas sísmicas: a velocidade das ondas sísmicas depende dos materiais que estas atravessam. Através da sismologia pode se determinar a profundidade das camadas e o seu estado físico.

  • Gravimetria: as anomalias gravimétricas indicam nos a densidade dos materiais existentes no interior da terra. (Quanto mais denso o material, maior a força gravítica).

  • Densidade: A massa volúmica da Terra é, aproximadamente, 5,5 g/cm3. Sendo que as rochas á superfície apresentam uma massa volúmica de 2,8 g/cm3, os materiais no interior vão ter de ser muito mais densos.

  • *Geomagnetismo: a magnitude influencia a orientação dos minerais (ao sair dos riftes, o magma, que é um material magnético, solidifica de acordo com as polaridades).

  • *1Geotermia: A temperatura interna aumenta a medida que caminhamos para o interior da terra. Aumenta 1ºC a cada 33 metros.
CURIOSIDADES:
* Atualmente o campo magnético da Terra está próximo do Pólo Norte Geográfico, mas no passado já esteve próximo do Sul Geográfico (polaridade inversa).
*1 Gradiante geotérmico é a variação de temperatura com a profundidade.